quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Quem Sou Eu?

É difícil fazer a minha própria abordagem, e cedo para definir com clareza a minha geração de adolescentes revoltados se rebelando, fazendo sua arte renovadora e passando para seus corpos suas tatuagens e piercings.
E eu não sou muito diferente deles.
Eu não nasce para ser infiel, a infidelidade para mim é a última fronteira da própria defesa. Infidelidade, nunca foi uma questão prática. De direito e desejo. Teoria, sim para os outros. Não sei se todos os caminhos do verdadeiro amor estão esgotados, mas já me cedi à tirania e a rebeldia. Tentei convencer de todas as formas a quem amo de que me deixe apenas amar do meu jeitinho estranho.
Vivo com a sensação de que perdi alguma coisa. Que fiz a escolha errada e que na verdade estou em algum ponto lá atrás. Que eu, atrás da esquina, penso em como seria fazer as escolhas que fiz. Cada caminho deixa atrás de si o vazio de todos aqueles que poderíamos ter escolhido. E deixa também a saudade do que não se viveu e do que nem sequer conhecemos.
Não é assim que nós adolescentes gostamos?
Saudades?
Eu tenho saudades das pessoas que eu não conhece por ter me aproximado de outras.
O nosso tempo passa rápido de mais e eu não aproveitei quase nada, quero sentir o luar tocar meu rosto nas noites de inverno, sentir o gosto da chuva de verão no meu lábio seco, poder ver o por do sol em cima de uma montanha, ficar em dois lugares ao mesmo tempo, sentir a sensação de ter um filho, escrever um livro e plantar um ipê rosa no jardim.
Por que as melhores coisas estão na simplicidade delas.
Os meus ideais são bem diferente de qualquer jovem na minha idade, não quero a felicidade, eu busco ter a felicidade.
Sou uma garota impulsiva, faço as coisas sem pensar no depois, faço pelo centímetro daquela felicidade e nada mais.
Poucas pessoas me conhecem de verdade, elas conseguem ver a simplicidade que eu passei pra elas com os meus pequenos gestos.
Quero ver a minúcia das pessoas e suas coisas, entender o pra que e o porquê delas.
Quero ter as verdadeiras respostas para as minhas confusas perguntas desse mundo de interrogação.

Nenhum comentário: