segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Caminhar sozinha ou juntos ?

E eu me pergunto: o que me levou a situação atual? Muita gente vai dizer: olhe para frente, não para trás. Mas como olhar para frente, sem resolver o hoje? E como resolver om hoje sem olhar para trás? Eu considero o tempo algo que subsiste em uma mesma linha: ontem, hoje e amanhã são partes de um todo. Por isso, não consigo apagar o passado, viver só o presente e não pensar no amanhã. Hoje, eu vivo um momento depressivo. Uma tristeza imensa. Uma saudade de algo que não sei o que é, a sensação de que falta alguém. E como sempre em minha vida, as pessoas em minha volta dizem: você é forte, você consegue. Sim, eu sei, eu sou forte, eu consigo. Sempre consegui. Mas a qual preço? Enxugar as lágrimas e seguir adiante é fácil. Difícil é conviver com essas lágrimas que foram derramadas e esquecidas. Não acredito que alguém possa ser feliz assim. Eu sei que sou uma pessoa forte. Só que ao mesmo tempo sou mais frágil do que pensam. Por que? Porque sendo forte, todos acham que posso seguir adiante e vencer sempre. Que só precisam dar uns tapinhas nas costas, dizer que eu posso e sair de perto, acreditando que estão com o dever cumprido. Não é bem assim. As maiores tempestades da minha vida eu enfrentei sozinha. E por ser tão forte, tão capaz, a reação à essa ação é que sempre que vem a turbulência estou sozinha, o máximo que consigo é o eterno tapinha nas costas. Só que todos tem um limite. Eu cheguei ao meu. E como sempre aceitei resolver tudo, agora estou me colocando com a verdade: não posso resolver tudo sozinha, muito menos seguir sozinha. A única coisa que peço é o carinho, pode deixar que eu resolvo minhas pendências, mas de vez em quando, ao invés de dar o tapinha nas costas, que tal ficar por um tempo segurando a minha mão e caminhar alguns passos comigo?

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